A cada dia de nossas vidas somos surpreendidos com algo novo, o que hoje nos faz feliz, amanhã já não nos faz mais, o que hoje está aqui do nosso lado, amanhã poderá não estar mais. Em algum momento isso acontece, quer queiramos ou não, e não podemos impedir. Com a mesma capacidade que a vida tem de nos presentear alguém, ela tem de nos tirar, e às vezes parece que ela mais tira do que presenteia. Em uma certa aula de artes, meu professor falou que nós, seres humanos, temos um guarda-roupa de sentimentos, e a cada dia escolhemos um dos sentimentos e nos vestimos com ele, às vezes escolhemos até mais que um, e nos vestimos. Hoje quando acordei resolvi escolher um sentimento e me vestir, escolhi o Amor. Eu escolhi o amor não mais pela ausência dele, até porque ele sequer esteve ausente, mas escolhi por estar desejando-o, porém não mais com a mesma pessoa. Estou falando do amor homem-mulher. Escolhi também o amor, pois me dei conta de que devemos estar sempre abertos para que ele surja novamente, porque chega uma hora que se trancar para ele já não é o melhor a se fazer. Talvez ele esteja batendo na minha porta de novo, e eu esteja me recusando a atender. E hoje resolvi atender. Acho que é o melhor que eu posso fazer, e até o melhor pra mim. Por experiências de pessoas próximas já aprendi que quando o amor bate a nossa porta e não atendemos, mais tarde nós vamos procurá-lo e quem já não atende mais é ele. Por isso estou tentando recebê-lo da melhor maneira, como eu disse antes, a vida tem a capacidade de nos presentear pessoas, e talvez ela tenha acertado dessa vez. Então digo: estou aqui para você Amor, só não me decepcione... mais uma vez.